Barão da Mata - Verdades e Diversidades

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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

POR QUE O BRASIL CHORA KENNEDY?


É difícil entender como   John Kennedy, apesar de americano, transformou-se aqui no Brasil numa espécie de mártir brasileiro e herói nacional.  Não sei como tantos e tantos brasileiros choram e lamentam a morte do presidente americano, num sentimento parecido com o de criança que de repente se vê órfã de pai. Isto só pode ser atribuído à ignorância, total desconhecimento do que  representou o mandatário americano para o nosso país.
O extinto “Jornal do Brasil”, nos anos oitenta, publicou uma matéria intitulada “A herança de Kennedy para o Brasil”, em que fala da troca de memorandos entre este e a Cia., envolvendo levantamento de dados sobre João Goulart, presidente do Brasil entre 1962 e 1964, e suas inclinações ideológicas, com vistas a alijá-lo do poder.  Tal conspiração contava com a participação fundamental de Lincoln Gordon, embaixador dos Estados Unidos no Brasil à época.
O golpe que arrebatou Jango do poder se consumou em 1º de abril ( o dia da mentira mesmo!), não em 31 de março de 1964, como querem os militares. 
Kennedy foi assassinado antes disto, em 1963, em Dallas, no estado do Texas, não viveu para assistir à consumação dos seus planos, mas já deixara traçado o nosso destino, como quem faz legado de uma herança maldita.  A sua obstinação em derrubar Jango foi tão grande, que, segundo as palavras do almirante Paulo Mário, ministro da marinha do presidente gaúcho nos últimos dias que antecederam o golpe, as forças leais ao mandatário brasileiro tinham plenas condições de vencer um possível embate, o próprio ministro já se preparara para reagir, tendo sindo impedido por Assis Brasil, que lhe trouxe ordens  expressas do então chefe do governo do Brasil para que não reagisse em nenhuma hipótese.  Nada restou então ao almirante senão capitular. Tempos depois, conforme relatou , soube que já  havia submarinos americanos na região costeira do Brasil, prontos a atacar em caso de haver reação.  Ou seja, Jango cedeu para que o Brasil não fosse transformado num outro Vietnã.
Analisando os fatos, se o Brasil chora a morte de Kennedy, faz isto esquecido de chorar Wladmir Herzog, Rubem Paiva e tantos outros que foram cruelmente assassinados em decorrência das articulações do defunto que insiste em carpir.  Se  formos ter os guerrilheiros (os que se armaram contra o regime militar) na conta de também seres humanos (como eles merecem), não podemos esquecer que Carlos Lamarca foi executado a sangue frio, quando já morria de fome e sede no sertão da Bahia, que Carlos Marighela teve a vida ceifada numa arapuca armada pelo sanguinário e psicopático Fleury; que Stuart Angel Jones também foi cruel e covardemente morto, assim como Zuzu Angel, mãe da vítima, por querer apurar as circunstâncias da morte do filho.  Ou seja, como é possível chorar um defunto que marcou por sua atuação póstuma de produzir uma série de mortes?
É claro que Kennedy não deve ter sozinho tomado a decisão de transformar as coisas aqui num inferno, pois era apenas parte de um sistema que se urinava de medo de a revolução cubana se expandir por toda a América Latina, mas ainda assim não pode ser poupado do severo julgamento da posteridade, sobretudo por ter sido peça de suma importância e grande poder de fogo naquele processo.

2012

sábado, 22 de setembro de 2012

VOTO E "MUDANÇAS"

Para aqueles que acreditam que a gente possa mudar alguma coisa através do voto, aqui vai minha observação: só se o voto for de castidade.

2012

domingo, 16 de setembro de 2012

O PIOR OFTALMOLOGISTA DO MUNDO


O pior oftalmologista do mundo é o do Lula (por favor, procurem saber o nome e não se consultem com ele), porque o mensalão aconteceu diante das barbas e dos olhos do ex-presidente sem que este visse ou soubesse absoutamente de nada.

2012

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

MEU PERFIL

Sou  Demóstenes, nascido no Rio de Janeiro, em 1958.  Penso como um anarquista, mas infelizmente reconheço que o anarquismo é uma utopia e consequentemente impraticável - e nem poderia tentar colocar em prática a minha ideologia anárquica, porque preciso do meu emprego e principalmente de comer. Fui também de esquerda, mas hoje não sou mais nada, porque os políticos brasileiros (e também os estrangeiros) bem mostraram, ao longo da história, que o socialismo, embora praticável, não é e nem poderá ser colocado em andamento por conta da ganância desmedida dos poderosos e da torpeza dos políticos, que no máximo vendem uma imagem de esquerdistas, mas, quando se veem investidos de autoridade e elementos para lutar pela implantação de um sistema socialista, preferem seguir a velha cartilha do poder econômico, que é aquele feijãozinho com arroz que garante aquele salariozinho farto e aquele vidão danado de bom, não é? Tolo é quem neles acredita - como eu já fui tolo de accreditar.
Sou um incrédulo inato, até porque é impossível (ou ao menos creio ser impossível) ter a idade que tenho e viver tantas experiências sem perder a credulidade em relação a muitas coisas. Dizem que sou irreverente e admito que sou. Tenho também um senso crítico que chega a ser cruel, mas isto se dá por convivência, já a partir da adolescência, com companhias que também tinham um senso crítico exacerbado, perto das quais sempre me considerei um parvo aceitador de tudo sem questionamento. Ou seja, em outras palavras, sou fichinha perto deles. Se você os conhecesse, ficaria estupefato.
Amo os animais quase como se fossem todos meus filhos, mas isto eu posso dizer que veio com o meu nascimento. Não me lembro de ter tido influência de ninguém neste sentido. E o nome BARÃO de Barão da Mata é uma irreverente homenagem a um cachorro que a minha falecida mãe teve. O DA MATA, por sua vez, é uma manifestação de minha afeição pela natureza.
Não gosto do poder e dos políticos, mas não sou maluco de sair por aí lutando contra eles, porque estamos sob o jugo dos mesmos e é só pensar um pouquinho para perceber que esses caras podem nos esmagar com uma pontinha de dedo. Se você duvida, pesquise sobre o período do regime militar e entenda que, civil ou militar, o poder é algo de altíssima periculosidade. Não creio nessa história de democracia. Imagine se no meio da sociedade houvesse um número de contrários ao sistema considerável a ponto de ameaçá-lo. Aí você veria muita coisa esquisita. Só me politizei ao finalzinho do regime dos generais, mas confesso que não teria coragem de afrontá-lo, porque sempre entendi a importância da minha integridade física e de poder trabalhar e ganhar o meu pão.
Tornei-me (ou sempre fui) avesso a doutrinas porque elas tolhem e demarcam o pensamento. Não creio no ser humano por achar que o conheço o bastante para tanto.
Não há mais muito que ache interessante falar sobre mim. A não ser que escrevo também em dois blogs ( baraodamata.blogspot.com e baraodamataprosa.blogspot.com ), os quais eu gostaria de que você visitasse, sem lhe pedir que faça qualquer comentário - apenas me obsequie indicando-os, como este site, aos seus amigos no caso de achar os meus textos merecedores.
Um abraço com desejos de muitas felicidades a todos vocês.