Barão da Mata - Verdades e Diversidades

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sábado, 31 de dezembro de 2011

POR QUE O MUNDO NÃO ACABA EM 2012 E AS PREVISÕES PARA O ANO

Não há nenhuma verdade nas especulações de que o mundo acabaria em 2012 porque o calendário maia não vai além de tal  ano.  A questão é que, quando aquele povo pré-colombiano elaborava a contagem do tempo, vieram os espanhóis,  bestiais e sedentos de ouro e de sangue, e interromperam  a confecção do citado calendário e tudo o que aquela civilização fazia em sua vida - aliás, a própria vida da civilização.
Demistificada esta questão, posso agora passar às previsões para o próximo ano. Vamos lá.
Morte e adoecimento de algumas celebridades, principalmente do mundo artístico.  De alguns políticos também.  Como se artistas e políticos não fossem feitos de carne e osso e não morressem e ficassem doentes como qualquer mortal.  Casamentos de famosos. Como se famosos não cassassem.
A presidente Dilma terá de enfrentar  problemas políticos, dentre eles alguns bastante sérios.  O presidente Obama também.  E problemas não são a constante de quem administra qualquer coisa, principalmente no caso de presidentes da república. E, na questão específica do Brasil, os escândalos envolvendo sete ministros são probleminhas ou eu tô perdendo a noção da dimensão das coisas? E, ainda sobre o Brasil, pelo toque da carruagem, a gente sabe quem sempre vai vir dentro.
Alguma epidemia,  nova ou já conhecida, causará mortes, podendo inclusive acontecer no nosso país.  Imagine você, com uma África, América Latina  e Ásia imensuráveis e sem política de saúde pública, e ainda um México abrigando  em si uma série de mazelas, sem contar que a Europa e os Estados Unidos, por mais que se cuidem, vez por outra se fazem berço e disseminadores de alguns males esquisitos... Como então não haver epidemias ou endemias  a serem distribuídas pelo mundo e a entrada destas no Brasil, que só barraria a gripe suína nos aeroportos se cada vírus tivesse o tamanho de um boi - isto se não o deixasse entrar por americanofilia ou outra gringofilia qualquer.
Guerras e catástrofes naturais com muitas vítimas letais.  Pois é: num mundo cheio de mudanças e hostilidades climáticas, a cada ano acontecem umas cinco ou mais calamidades.  O que você queria?  Agora, quanto a guerras, qual foi o ano em que o mundo viu pura paz?
O mais é só dizer que a Lua vai entrar em Júpiter, Vênus vai entrar na casa de Saturno, Marte vai entrar em Áries e vai ser um bacanal astral do cacete.  É assim: ou as previsões são muito vagas ou genéricas, ou o cara  prevê e a coisa não acontece, mas, como esse negócio de previsão pro ano seguinte dá um puta ibope, nenhuma emissora é capaz de ao final do ano objeto de antevisões publicar todas as mancadas do astrólogo ou mandingueiro.
Agora, quanto a mim, se neste ano ( e ao longo dos outros anos) vim aqui a maioria das vezes para reclamar, não foi por não reconhecer que nos Brasil e no mundo há coisas boas,  mas porque, se ficarmos a lembrar a maior parte do tempo o que é bom, esquecer-nos-emos de que o que é ruim existe e precisa ser combatido: daí a necessidade, a imprescindibilidade do discurso ácido.  Justamente para que as pessoas não fiquem ignaras de um mundo a ruir à nossa volta até atingir a todos nós. 
No mais, desejo a todos vocês que não só no ano de 2012, mas em todos os anos e dias vindouros uma infinidade de sucessos e alegrias, com muita paz, muita saúde e plena prosperidade. 

21/12/2011

Barão da Mata

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

MINHA CAMPANHA DE DESARMAMENTO

Levando em conta a campanha do desarmamento e que  a mídia, bancando a tal campanha, tem conseguido ótimos resultados (porque as pessoas fazem tudo o que ela, a mídia, manda), venho aqui, por não ter público bastante, e lembrando primeiramente que  sou resistente a todo e qualquer apelo dos veículos de comunicação, pedir a eles que empreendam uma verdadeira cruzada para que os homens deste Brasil se capem, porque em muitos deles, segundo suas próprias palavras,  o pênis é uma arma poderosíssima para cativar mulheres.
Brasileiros patriotas, atendei a este clamor!

2011

O DESARMAMENTO FÁCIL E SIMPLISTA

Vi hoje, 28/12/11, num telejornal que a campanha de desarmamento do governo vem surtindo efeitos bastante positivos (para quem exatamente eu não sei).   Não tenho arma e não sei atirar, mas sinto um calafrio quando entro no Google  e consulto "Hitler e o desarmamento", e me dou conta de que o genocida primeiro apreendeu todas as armas dos judeus, depois empreendeu um verdadeiro massacre àquele povo.  Depois me lembro de que a própria mídia divulgou que , quando  ganhou a eleição presidencial de 2002, o PT tinha um projeto de 20 anos de poder (que com jeitinho dá pra esticar um bocado).   Sem contar que neste contexto de desarmamento puro e simples, os "cidadãos" (coloco entre aspas porque não haverá quem me prove que no Brasil haja cidadania), por não haver em lugar nenhum deste país uma política de segurança pública merecedora do nome,  ficam muito mais vulneráveis às ações de marginais.  
Deveria haver mais critério nesta questão de desarmar, que passasse talvez por um certo controle rígido na hora de o poder público saber a quem armar e a quem desarmar.  Pelas estripulias e atrocidades que vem cometendo uma grossa camada dos nossos policiais, sobretudo os policiais militares, a gente deduz que os estados estão não só armando,  mas principalmente selecionando os homens errados.  O controle rigoroso percorreria  necessariamente o caminho do levantamento pormenorizado da vida pregressa de cada agente das polícias, como também o dos exames psicológicos dos candidatos à carreira policial e a portar uma arma, e isto deveria valer para qualquer mortal, independentemente de ser este policial ou não.
 Entretanto, como é muito mais fácil e bem menos trabalhoso baixar um decreto ou lançar uma campanha do que administrar uma questão séria, quem seja feita a vontade de quem tem a gestão nas mãos.

2011

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O LIXO NOCIVO

Um dia desses, numa palestra sobre meio ambiente, ministrada no bairro de São Cristóvão por um ecologista sinoamericano que tinha como assistente um biólogo japonês de uma indústria pesqueira, foi-nos ensinado pelo  sinoamericano a maneira como as indústrias devem tratar a atmosfera, e o biólogo japonês fez uma longa dissertação sobre a vida nos mares e a importância das baleias, além de orientar sobre como os que vivem de pesca devem-se portar em relação ao mamífero.  Tudo foi muito proveitoso, saí de lá impressionado com os dois, e tudo teria transcorrido na maior tranquilidade se não fosse um outro ouvinte como eu, mas desses inconveniente,s que não perdem a oportunidade de fazer uma piada.
O fato foi o seguinte: num dado momento, após os expositores nos dizerem que lixo tóxico é aquele que vem impregnado de uma ou mais substâncias venenosas, enquanto o lixo biológico ou contaminado é, por seu turno, o  acompanhado de inúmeros micro-organismos, e que o que ambos os lixos têm em comum é que, além de imprestáveis, são nocivos e causam inúmeros prejuízos e mazelas às pessoas.  Após esta elucidação, os palestrantes  nos pediram um exemplo de um compartimento cheio de lixo nocivo.  Foi quando o tal sujeitinho abriu um riso cínico e respondeu em voz bem sonora:
- Um prédio lotado de políticos!
Você não sabe, meu amigo! Fiquei tão indignado, que me levantei e  dirigi a ele com veemência:
- Se algum político é como o senhor diz, não pode absolutamente ser daqui do Brasil! Por favor, respeite os nossos políticos, primeiramente porque eles têm a virtude de...  a virtude de... a virtude de... Bem! Deixa pra lá! Mas não podemos negar que graças a eles, os nossos políticos, que nós conquistamos... conquistamos... conquistamos... Tá bom, isto não vem ao caso!  Mas o que importa é que estes merecem o nosso maior respeito porque... porque... porque...
O sujeito passou a rir mais ainda, só que desta vez ria debochadamente de mim, que preferi me sentar e calar e assim permanecer até o fim da palestra. 
Já na rua, sozinho, senti-me arrependido, achando que devia ter dado uns sopapos naquele calhordinha cínico e insolente... É, eu devia ter batido nele... batido nele... eu devia ter batido, não devia?

2011

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A TELEVISÃO, "ROQUE SANTEIRO" E DIAS GOMES

Não há sombra de dúvida de que a televisão, principalmente a aberta, não tem  quase nada de bom.  Mesmo as tevês por assinatura deixam muito a desejar, porque as produções cinematográficas dos últimos quinze anos são, em sua grande maioria, absolutamente sofríveis, difíceis de assistir sem dar um muxoxo e mudar de canal.  E mudar em vão, porque, se você não for apaixonado por ciências  e não estiver a fim de saber como foi inventada a máquina fotográfica, ou se ainda não quiser ver um sujeito que finge que está fazendo sobrevivência e dá realismo à sua brincadeira em matar e estripar animais na sua frente ( o desgraçado uma vez abateu uma rena a faca e comeu-lhe o coração ali  na hora, para delírio dos sádicos), você só terá como opção assistir à Animal Planet, mas com um ônus:  ficará desolado e transtornado, porque os caras dão preferência a mostrar animais sendo abatidos por predadores ao invés de mostrar os hábitos dos bichinhos.
Em resumo, a televisão oferece pouquíssimas alternativas, e a Globo, que não é nem um pouquinho diferente das outras emissoras, só apresentando entre suas raríssimas exceções o "Globo Repórter", que nem parece produção da mesma empresa que tem a cara-de-pau de mostrar um programa ridículo, rasteiro,  barato, apelativo, piegas e imbecilizante como o "Big Brother Brasil ".  A Globo tem dessa coisas: de vez em quando produz algo como "O Tempo e o Vento", "Mad Maria", "Os Maias", etc, mas isto acontece uma vez a cada passagem do cometa  Halley pela Terra.
Tanto é verdade que acontece a cada passagem do cometa Halley, que "Roque Santeiro",uma dessas raridades, vem justamente na época de o astro ser visto por aqui.  
Roque Santeiro é uma anedota brilhante do falecido Dias Gomes.  Reprisada hoje no Canal Viva, que é para  onde os globais mandam algumas de suas boas produções (mas longe de mim querer dizer que o Viva é um bom canal, porque também é cheio de esterco televisivo), me faz a cada dia mais certo de que esta novela é a melhor novela brasileira de todos os tempos.  Tudo na telenovela me fascina: primeiramente o enredo, depois a interpretação dos atores e a maneira como estes compuseram os seus personagens, por fim os cenários e a álacre atmosfera que neles existe.   O grande fato é, enfim, que é um enorme prazer ficar grudado diante da tevê a assistir aquela idéia brilhante do genial autor de preciosidades como "O Pagador de Promessas" e "O Bem-Amado" (a novela e a série) entre outras pérolas.  A gente se delicia com o casal cômico-romântico Sinhozinho-Porcina, representado pelos talentosos Lima Duarte e Regina  Duarte; dá-se ao luxo de observar atores como Armando Bógus (também excelente e infelizmente também falecido), Cássia Kiss, Othon Bastos, Yoná Magalhães, Ary Fontoura e outros;  vê a perfeição com que  Paulo Gracindo e Cláudio Cavalcânti , cada um mostrando um setor (um, conservador, outro, progressista) da Igreja Católica.  O morto e então  idoso ator encanta a gente na pele daquele padre severo, mal-humorado, rabugento, mas omisso e de certa forma conivente com as articulações  menos justas e éticas dos vilões de Asa Branca, cidade que se tornaria objeto de uma verdadeira apocalipse se viesse à baila toda a verdade sobre Roque Santeiro (vivido pelo também grande José Wilker).  A economia da cidade dependia do mito, porque este gerava empregos porque induzia à fabricação e comércio de artigos religiosos, à vinda de  procissões e romarias à cidade e assim ao turismo, outra atividade de peso que contribuía para a saúde financeira do lugar.  Toda a engrenagem girava em torno da mentira, que, se uma vez revelada, faria tudo ruir.
"Roque Santeiro", que substituiria em 1975 a novela "Gabriela"(outra preciosidade, embora não do tamanho da de Dias Gomes), foi na época vetada pela censura dos militares, só podendo ir ao ar em 1986.  Deixa na gente um sentimento de perda muito grande, porque a genialidade de Dias Gomes só é desfrutada porque sua obra ficou, mas é duro saber que nada mais o autor poderá criar.  É triste, porque acho que os bons e os talentosos (do bem ) não deveriam morrer nunca.

2011

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

"O PODEROSO CHEFÃO", FILME QUE QUEM NÃO VIU DEVE VER, QUEM JÁ VIU DEVE REVER

Mais vale rever uma boa obra pela milésima vez do que ver pela primeira um esterco cultural do tamanho daqueles a que a gente assiste nos dias de hoje,quando tanto rareiam as boas produções cinematográficas. E um desses filmes que você vê mil vezes sem cansar é a obra-prima que  a Paramound produziu em 1972 , com direção de Francis Ford Copolla e que  ainda hoje me embevece, por ser algo de maior que a Terra já viu: "The Godfather", baseado na obra de Mário Puzzo,  intitulada no Brasil  "O PODEROSO CHEFÃO".  
Fazendo foco sobre o jogo maquiavélico de poder entre os chefões do crime organizado, a máfia, nos idos dos anos quarenta nos Estados Unidos, relata o envolvimento de autoridades públicas corruptíveis  com a organização, fenômeno que a gente brasileira  mal entendia nas duas últimas décadas e que só percebe  após o florescimento dos grupos marginais das drogas - que arrebanharam inúmeras pessoas de cargo público de importância -, mas que já era comentado pelo chefão Don Corleone (Marlon Brando), que tinha resplado  de venais ministros, juízes, senadores... e o auxílio do consigliere  Tom Hagen ( Robert Duvall), que avaliava o tráfico de drogas, na história que retratava o ano de 1946, como o "negócio do futuro".  Como se pode ver, a profecia relata com perfeição a segurança de sucesso dos que investiram no "negócio" naquela época, e todo o contexto ligado a esta questão faz o filme atualíssimo.  E não só aí está o mérito da produção: há vários fatores que devem ser considerados, como o elenco de peso e o realismo impressionante das cenas e diálogos, as articulações e ardis engendrados pelos criminosos e as cenas e momentos que ficaram antológicos pelo poder de fazer o espectador perplexo e quedado.
O mais curioso de tudo é que, segundo conta o próprio Copolla, os produtores, capitalistas burocratas sem nenhuma noção de cinema, opuseram-se inicialmente à contratação de Al Pacino, que interpretou Michael Corleone com maestria, e ainda mantiveram o diretor constantemente sob a iminência de demissão, isto por acharem que o filme seria um fracasso de bilheteria.
Quanto aos outros dois filmes da trilogia, acho que não é preciso fazer grandes comentários, pois se incumbiram de dar continuidade ao que já era magnífico, sendo-o igualmente.

2011

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

LEI DA PALMADA

Está no nos noticiários de hoje: "Câmara aprova lei da palmada, que proíbe os pais de baterem nos filhos".  Fico pensando:  se os políticos de hoje tivessem levado palmadas na infância, seriam hoje diferentes do que são?

2011

OUTRA SOBRE TESTEMUNHA

Testemunha terá mesmo proteção? Só se for testemunha de Jeová.

2011

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

CANÇÃO DE UM PREFEITO CORRUPTO (COISA RARÍSSIMA NESTE PAÍS)

O prefeito corrupto,  personagem aliás absolutamente fictício, porque não creio na hipótese de existir no Brasil... Mas vamos lá: o inexistente prefeito corrupto, parado a observar um logradouro de fora de sua jurisdição, cantaria "SE ESSA RUA FOSSE MINHA" com a seguinte letra:

Se essa rua, se essa rua fosse minha,
Eu mandava, eu mandava esburacar,
Faturava dessa obra uma propina,
Pois o preço eu mandava aumentar.

Essa rua, essa rua tem um poste
Que eu mandava, que eu mandava pôr no chão.
Pra pôr outro, arranjav'um bom marmanjo
Que me desse uma grana em minha mão.

Se roubei nesta  vida um dinheirão,
Inda é pouco, porque o povo é muito zen.
Inda quero, inda quero um'outra obra,
Pra deixar minha gente muito bem.

2011

TESTEMUNHA TERÁ PROTEÇÃO - HMMMMM...!

Vi hoje em letras garrafais, no jornal de alguém, num ponto de ônibus: "TESTEMUNHA TERÁ PROTEÇÃO." Ah, tá!  Imagino:  figa-de-guiné, espada-de-são-jorge, fita-do-bonfim,  patuá, manta, cobertor, coeiro, mosquiteiro, guarda-chuva, touca, botas de borracha...

2011

domingo, 11 de dezembro de 2011

QUEM ASSISTE A "BRUNA SURFISTINHA" NÃO JOGA SEU TEMPO FORA

A beleza e sensualidade de Débora Secco sempre saltaram aos olhos, são dotes irrefutáveis da bonita e jovem atriz, mas sempre tive alguma restrição quanto a ver produções em que sobre esta recaísse mais frequentemente o foco da história.  Porque na maioria das oportunidades em que vi a moça atuando, percebi uma exploração demasiada de seu erotismo e suas formas por intermédio de cenas de nudez ou seminudez, e uma despreocupação quase absoluta com o enredo.  Muito embora a jovem seja bela e desejável como já disse, há primeiro uma enorme diferença entre ver uma beldade nua ao vivo, em carne e osso, e ver a mesma beldade na tela.  Ou seja: a falta de real presença nos permite ser críticos e racionais.
No caso de "Bruna Surfistinha", de Marcus Baldini,  a coisa foi todavia  bastante diferente do que eu já vira.  Percebi uma Débora Secco amadurecida, valendo-se da seminudez ou nudez não além do necessário, numa interpretação convincente, primorosa, do nível da apresentada pelos atores de maior gabarito.  A atuação das atrizes que com ela contracenam, sobretudo a talentosa e experiente Drica Moraes,  também é irretocável.  E o filme, relatando a  história verídica de Raquel Pacheco,  tem a crueza e o realismo perfeitos para o roteiro.
Quanto a fotografia e outros detalhes mais técnicos, deixo-os a critério dos cinéfilos e de gente especializada, já que não posso me considerar uma ou outra coisa.  Mas no que se refere ao que comentei, no entanto, achei o filme de uma excelência muito pouco corriqueira, além de ficar contente  pelo que posso esperar dos futuros papéis da atriz principal.

2011


ENTENDA POR QUE GOVERNAR OU SER POLÍTICO É EXTREMAMENTE ERÓTICO

É... Tudo  é mesmo uma questão de ponto de vista.   Se nós ficamos aqui a achar que os políticos (ou   uma boa parte deles) são desonestos, aéticos, isso e aquilo... se pensamos que há falcatrua ou vigarice nesses e naqueles atos dos caras, o nosso "querido" deputado Jonas Pereira Jojoba, o tão mencionado (por mim) Jonas, o Salafrário,  numa conversa de gabinete, expôs ao seu colega Sandro Lessa a sua visão sobre a questão:
- Meu caro Sandro, a verdade é  que  o que pessoal chama de pilantragem é, na verdade, muito erotismo.  Ou seja, governar é algo extemamente erótico.
- Erótico?? - espantou-se Sandro.
- É, erótico... - insistiu Jonas.
- Mas como assim?
- É fácil entender.- nosso protagonista começou a elucidar com voz pausada - Qual a analogia que há entre o povo e a mulher solitária?
- A analogia...?
- É, analogia, Lessa. Pois eu respondo: é a carência. A mulher solitária tem carência de afeto, o povo, carência material, financeira, de saúde, educação, habitação, segurança,  essas coisas. Mas o grande fato é que, embora  tipos de carência diferentes, tudo é carência, carência é sempre carência, certo? 
- Certo.
- Então, veja bem: quando você tá a fim de se eleger, o que é  que você promete ao povo?
- Educação, emprego, saúde, melhores salários...
- Pois é.  E agora, quando você tá a fim de "pegar" uma mulher solitária, carente,  o que você promete?
- Amor, paixão, carinho, sexo...
- É isso aí: amor, paixão, carinho, sexo! Sexo, viu!? Começou a ficar erótico.  Agora me responde: como é que você faz prá mulher deixar você "pegar" ela firme?
- Bom, depois das promessas, quando ela tá caidinha por mim e me deixa encostar, chegar pertinho, antes de partir pro "abate", eu passo o nariz na nuquinha dela...
- E aí, como pé que é com o povo? Como tu faz pra ganhar o voto?
- É parecido: eu elogio, dou festa, afago...
- Taí! Você afaga o povo como afaga a mulher! Não é isso?! - e Jonas era agora agitado e veemente: - Afaga, não é isso?!
- É...
- E depois que tu promete e afaga, e ela se desvanece, se derrete todinha, fica doidinha?
- Ah! Aí, meu amigo...- Sandro tinha um riso safado no rosto - Aí, meu amigo...
- Fala, Sandro, fala! Olha que, como a mulher, o povo se desvanece e se derrete todinho!... Fala, Sandro, fala!
- Ah! Aí, meu amigo...
- Fala, Sandro, desmbucha!
- Aí... - deu Sandro uma risadinha - Aí eu sodomizo mesmo!
- Pois é, Lessa! - concluiu Jonas - Primeriro a gente promete e faz carícias, depois a gente sodomiza.  Então?  Ser político ou governar é ou não é bastante erótico?

2011


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

OS MAIORES CORNOS DO MUNDO

Se formos levar em conta que os políticos em geral não têm palavra e não cumprem suas promessas, e que a maioria absoluta deles trai o voto de quem os elege, somos nós,  eleitores brasileiros, verdadeiros cornos eleitorais, estamos entre os maiores cornos do mundo. 
Você não acha?

2011

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

OS MAIORES ORGASMOS DO SÉCULO

O maior orgasmo do século foi o do Galvão Bueno (pelo escândalo), no momento em que narrou a vitória  que fez o Júnior Cigano campeão mundial de MMA.  Vem seguido do orgasmo do Obama no dia em que conseguir matar o Osama e do Alexandre Pires, em 2003,  que chorou de gozo quando abraçou o  George W.Busch, apesar de o então estadista haver devastado o Afeganistão e o Iraque, fazendo carnicficinas dantescas.  E olhe que eu teria tantas sugestões para o abraço do cantor (coisa nossa, como cantaria o Sílvio Santos):  Hildebrando, Satanás, Champinha... 
É... gozado, não?

2011



quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

DEFESA AOS NOSSOS HOMENS ÍNTEGROS

É revoltante a infâmia de certas pessoas em dizer que o Brasil é um país de corrupção predominante, campo fértil para a prática de atos avessos à retidão e ao decoro. Caluniosa a afirmativa de que somos um país onde grassa a impunidade e a mais assombrosa condescendência aos maiores atentados à ética e à lisura.  Tais declarações me revoltam a ponto de a mim vir  o ímpeto de agredir fisicamente  tão sórdidos mentirosos, eu eu bem o faria se me pudesse livrar desta camisa-de-força que me imobiliza penosamente.

Zé Doido, o Aloprado


2011

ANÚNCIO DE UM PAI-DE-SANTO DANADO DE BOM

PAI BODÃO DAS INCRUZA traz amor de muzifia de vorta, desfaz mandinga de perna-de-saia vingativa,  traz prosperidade pra fio sem sorte e sem grana. Aceita cartão de crédito, cheque pré-datado e vale-saravá.  Pai Bodão encaminha pra  atendimento vinte e quatro  hora os caso de emergença, ê-ê!  Tem convênio c'a Igreja Mundial do Império do Sinhô. Ê-ê!


2011

E TOME ESPORTE E CIGANO!

Quando, no dia da vitória do Júnior Cigano,  acordei de um cochilo sobressaltado com os gritos do Galvão Bueno, inicialmente imaginei que o pobre estava tendo uma crise renal ou de pancreatite (já tive pancreatite uma vez - ou mais - : dói demais ).  Um pouco mais desperto, poucos segundos depois, fiquei achando que o locutor estava  tendo um orgasmo.  Um orgasmo masculino, que coisa mais bizarra! - pensei.  Só quando passados mais alguns segundos me dei conta de que se tratava da vitória do Júnior Cigano, que sagrava-se campeão mundial de MMA e, o que era mais sério, eu estava na contramão do Brasil inteiro.
Em momentos como aquele me sinto exatamente como um peixe fora d'água, um estranho no ninho, um negro africano na Islândia ou  um branco islandês em plena África.  Eu gostaria de saber que atrativo  há  em se obter um campeonato numa modalidade esportiva em que um esmurra os cornos do outro até quase matar.  Não evoluímos nada em realação àqueles romanos pré-cristãos que se compraziam da visão de um homem retalhando o outro e enchendo a arena de sangue, ou ainda de um crânio esmigalhado ou um leão dilacerando um escravo - depois um cristão.  E olhe que há quem ache que eles, ainda naquele tempo e com aquela moral precária  e sem senso de bondade, poderiam ser considerados ignaros e estúpidos.  O que então somos, entre outros povos com os mesmos entusiasmos, nós, brasilreiros, em pleno século XXI, quando já se conhecem as idéias humanitárias preconizadas já por Isaías  e levadas adiante por Jesus e os seus seguidores contemporâneos e posteriores?
Como não bastasse, para piorar, o prazer mórbido que têm as pessoas em relação à dor e ao sangue, o que mais me aborrece é haver de conviver com o Cigano durante as vinte e quatro horas do dia.  Eu ligo a televisão e alguém fala do Cigano, ou então vejo a cara do Cigano e o ouço dando entrevista.  O lutador está sob o efeito Neimar, que se tornou constantemente onipresente quando o Santos abocanhou o título mundial com a participação imprescindível do jogador.  Ou seja, se era o Neimar, agora é o Júnior Cigano.  Eu vejo o Cigano quando leio o jornal, quando olho um "outdoor", quando ligo a telvisão, quando entro na internet; eu durmo com o Cigano, acordo com o Cigano, tomo banho com o Cigano, escovo os dentes com o Cigano e, ao dormir, sonho inevitavelmente com o Cigano, porque só, tão só e unicamente é o Cigano o que há no mundo.  Sem o Cigano, não há mundo, pensamento, paz, alegria, felicidade, festa, prazer em viver, sentido para a vida.  É um verdadeiro chá de Cigano, uma overdose de Cigano.  Assim é demais! Como se não bastasse a dose cavalar de futebol que eu tenho de suportar, agora é também o MMA.  E não adianta desligar televisão e rádio, fechar as revistas e jornais e os próprios olhos,  porque há sempre nos arredores aquelas criaturas sub-humanas que ficam a espalhar os estrondos dos seus fogos por nossos ouvidos e dando vazão aos seus instintos incendiários e destrutivos.
Por fim, eu diria que não há nenhum motivo para o Brasil ficar sorrindo de orelha a orelha, porque, com os índices de desemprego e de miséria que tenta em vão varrer para debaixo do tapete, com a dança ousada ostentada pela corrupção, os números quase africanos de desemprego e miséria que apresenta, não há conquista esportiva que possa fazer qualquer país feliz.

2011